Nos próximos dias 17, 18 e 19 de Janeiro vão realizar-se as eleições para os representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional.

A lista A, proposta pelo Sindicato dos Jornalistas, decidiu manter o lema 'Dignificar os jornalistas – Proteger o jornalismo' — esta candidatura representa uma proposta de continuidade, continuidade nas mudanças históricas que foram conseguidas nos (últimos) três anos em que os membros desta lista integraram a CCPJ:

1 – Pela primeira vez, foi cooptada pelo plenário uma jornalista para presidente da CCPJ. Era uma antiga aspiração dos jornalistas e foi finalmente concretizada com a escolha de Leonete Botelho. Com a presidência de uma jornalista, a CCPJ ganhou um novo dinamismo e uma nova sensibilidade para os reais problemas dos jornalistas portugueses.

2 – Foi finalmente concretizada uma antiga promessa eleitoral das listas do Sindicato – a criação do Conselho Consultivo do Jornalismo.

Este Conselho reuniu-se pela primeira vez em 2020 integrando as principais instituições do jornalismo português: ERC, CCPJ, Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social (CPMCS), Associação Portuguesa de Imprensa (API) e Sindicato dos Jornalistas. Durante o ano de 2021, realizaram-se reuniões quase mensais com o objetivo de encontrar consensos para uma proposta de alteração da Lei de Imprensa para que esta passe a distinguir os “órgãos de informação jornalísticos”.

A mudança na forma de classificação dos media permitirá identificar, na massa brutal de informação e desinformação que circula na Internet, os órgãos que praticam jornalismo e trabalham, preferencialmente, com jornalistas profissionais.

3 - A CCPJ aprofundou, neste último mandato, uma luta contra os conteúdos patrocinados feitos ilegalmente por jornalistas e passou a analisar com muito mais rigor todas as formas de publicidade disfarçadas de jornalismo, muitas delas a coberto de um autoproclamado jornalismo de lifestyle.

O jornalismo sobre consumo e estilos de vida existe, sempre existiu, e tem lugar no jornalismo desde que seja feito com liberdade, com distanciamento e com análise crítica. Ou seja, desde que sejam escrupulosamente respeitados os deveres deontológicos e o Estatuto dos Jornalistas.

Não existe incompatibilidades de base entre um “jornalismo criativo” e o Estatuto dos Jornalistas. Mas não podem existir escolhas editoriais impostas através de contratos comerciais às direções dos órgãos de comunicação social, nem destas aos jornalistas, camufladas de “prémios monetários”, ou complementos salariais por prestações que não são jornalísticas.

Os jornalistas têm direito a eleger quatro representantes. Os restantes quatro são designados pelas associações de operadores do sector. A lista A, proposta pelo Sindicato dos Jornalistas, integra jornalistas de vários órgãos de informação, nacionais e regionais e diferentes situações profissionais.

A lista A propõe-se:

- Lutar pelo reforço da dignidade da CCPJ resistindo a tentativas de intromissão que ponham em causa a sua independência.

- Lutar pela alteração da lei de imprensa de forma a criar a classificação de “órgãos de informação jornalísticos” que tenham nas suas redações exclusivamente jornalistas profissionais.

- Lutar para que as práticas comerciais, com ferramentas de marketing agressivo disfarçadas de jornalismo não destruam a credibilidade do jornalismo português.

- Manter o rigor na apreciação dos processos de renovação da carteira profissional. Sabendo que a profissão de jornalista é desafiante, evolutiva, e que se sabe adaptar às novas realidades, sem abdicar do que é fundamental: a verdade, independência e o espírito livre e crítico.

Por isso, é fundamental que os jornalistas escolham os seus representantes para a CCPJ.


Vota Lista A:

Efetivos: Jacinto Godinho – C.P. 772A; Anabela Natário – C.P. 326A; Miguel Alexandre Ganhão – CP 1552; Isabel Magalhães – CP 1024.

Suplentes: Manuela Goucha Soares – C.P. 529A; Miguel Santos – C.P. 4567A; Ana Baião – C.P. 730A; António Marujo – C.P. 736A.

 

Pode consultar as biografias dos candidatos neste link.